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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Pereirinha desabafa em sessão solenidade na Câmara

Pereirinha acredita em campanha orquestrada
O presidente da Câmara de São Luís, Isaías Pereirinha (PSL), abriu ontem os trabalhos da 18ª Legislatura afirmando que nos últimos dois meses os vereadores da capital maranhense vêm sendo vítimas de uma campanha sórdida, orquestrada e com a nítida demonstração de denegrir a imagem da Casa.

“Promoveram uma campanha difamatória por conta de uma readequação salarial. Vencimentos que passaram de R$ 9 mil para R$ 15 mil, acabou virando alvo da mídia, nos transformando em verdadeiros vilões, como se os vereadores não recebessem 75% do que ganha um deputado estadual”, declarou.

Apesar de desabafar na tribuna da Câmara, ele disse que ao iniciar uma nova legislatura os vereadores devem ter a certeza de que dias melhores virão. “Somos 31 vereadores e faremos o possível e o impossível para ajudar São Luís. Esse é um dia histórico que está sendo prestigiado pela Câmara Municipal e pela sociedade. Estamos iniciando uma nova legislatura com o aumento de mais dez novas vagas nesta Casa”, frisou.

Pereirinha declarou que é preciso cumprir as promessas feitas ainda em campanha e que foram acatadas pelo povo. Para melhorar a imagem do parlamento municipal, ele destacou que desde a legislatura passada estão sendo feitas adequações na Lei Orgânica do Município, implementações de audiências públicas que promovem o poder de discussão na Casa, aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) dos servidores do Legislativo, além da busca pela edificação de uma nova sede da Câmara.

“Temos hoje um aporte da ordem de R$ 15 milhões, fechado com o IPHAN (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) para construção da nova sede da Câmara e ainda estamos buscando novas parcerias com o Governo do Estado e com a Prefeitura de São Luís. O projeto de construção da nova sede custa R$ 44 milhões. Portanto, estamos trabalhando para melhorar a imagem do parlamento municipal perante a sociedade”, enfatizou.

Na oportunidade, o vice-presidente Astro de Ogum (PMN) disse que as dificuldades são enormes, mas em meio a crises os vereadores saberão encontrar alternativas para driblar esse momento. “Não podemos nos abater com a crise, mas sim encontrar soluções pertinentes que nos leve a encontrar um caminho viável e bem mais saudável”, comentou.

O prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Jr (PTC), usou a tribuna e se emocionou ao lembrar dos dois mandatos que passou na Casa e ao lado de outros companheiros de parlamento que ainda se mantêm com mandato.

“Estou feliz por volta a esta Casa, onde iniciei a minha carreira política. Foi aqui que aprimorei meus conhecimentos e por isso, sei da luta que os 31 vereadores têm e da luta pelo bem dessa cidade. Estou ciente de que com o apoio desta Câmara, iremos tirar São Luís dessa situação negativa”, ressaltou.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Prefeito convida vereadores para manutenção de parceria institucional para o bem de São Luís

Prefeito Edivaldo Holanda Jr discursa da tribuna da Câmara
O prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) convidou os 31 vereadores de São Luís a apoiarem a administração municipal a trabalhar pela cidade, através de uma parceria institucional e integrada, para tirá-la do estado de extremo caos deixado pela gestão anterior. A convocação aos parlamentares foi feito durante a sessão solene de abertura dos trabalhos legislativos de 2013 (primeiro período da 18ª Legislatura) da Câmara Municipal, em cerimônia realizada na manhã desta segunda-feira (04).

“Convoco a Câmara Municipal e a população representada por ela a se juntar em um pacto por São Luís. Com o apoio desta Casa, vamos tirar o município dessa situação difícil. Todos têm que dar sua contribuição para ajudar a nossa capital a se recuperar, esta cidade precisa da compreensão republicana de cada um de vocês”, discursou Edivaldo Holanda Júnior, que estava acompanhado do vice-prefeito, Roberto Rocha.

Num pronunciamento marcado pela emoção, Edivaldo Holanda Júnior lembrou os tempos em que foi vereador da cidade de São Luís por dois mandatos consecutivos. Ele destacou, na tribuna, a necessidade da harmonia e de independência entre os poderes.

“Fico imensamente feliz por voltar a esta Casa onde iniciei minha carreira política, há oito anos. Lembro-me do meu primeiro discurso, cheio de sonhos e um projeto definido: chegar à Prefeitura com o intuito de fazer o melhor por esta cidade. Foi aqui que aprimorei meus conhecimentos na luta do dia a dia”, disse o prefeito, indo às lágrimas, recordando também de sua passagem pela Câmara ainda quando criança.

“Ainda no colo do meu pai, Edivaldo Holanda Braga, nos anos 80, eu assistia ele presidir as sessões. Reconheço a importância desta Casa e, sendo assim, com a ajuda de Deus e de todos vocês vamos fazer o melhor por São Luís e realizar o bem comum para a população”, afirmou Edivaldo. Durante o discurso, empolgante e conciliador, o chefe do Executivo municipal foi muito aplaudido pelos presentes.

A reabertura oficial dos trabalhos da Câmara Municipal iniciou com uma cerimônia na área externa da sede, com o hasteamento das bandeiras, acompanhado posteriormente da entoação do Hino de Louvação de São Luís.

No plenário, o presidente da Casa, Isaías Pereirinha, deu boas vindas aos vereadores, fez um balanço das ações implementadas na sua gestão e defendeu a parceria institucional entre Câmara e Prefeitura em favor de São Luís.

“A Câmara de Vereadores fará o possível e o impossível para ajudar São Luís. Ao prefeito e sua equipe, contem conosco, estamos à disposição de maneira parceira para trabalhar por São Luís”, discursou.

Presente no evento, o vice-prefeito Roberto Rocha ressaltou o papel fundamental dos parlamentares municipais no desenvolvimento do município. “A Câmara tem um contato mais próximo com a sociedade e, entre outras atribuições, é um canal ante as respostas que a população deseja”, frisou.

À sessão solene compareceram também o secretário de Estado de Cidades e Desenvolvimento Urbano, Hildo Rocha, representando a governadora Roseana Sarney; o diretor Institucional da Assembleia Legislativa, Ivan Sarney; o juiz José Jorge Figueiredo dos Anjos, representando o Tribunal Regional Eleitoral (TER-MA); o procurador-geral adjunto de Justiça, Suvany Vivekananda Meireles, além de secretários municipais, assessores e auxiliares do governo. Os vereadores Gutemberg Araújo (PSDB) e Luciana Mendes (PTdoB) não puderem comparecer no ato e enviaram ofício justificando suas ausências por motivos de saúde.

'Denúncias vazias não vão me intimidar'

Ex-prefeito João Castelo
Em entrevista polêmica ao Jornal Pequeno, o ex-prefeito João Castelo (PSDB) abre o jogo e se defende de inúmeras denúncias divulgadas no mês de janeiro por representantes da atual gestão municipal. 'Isso tudo foi uma extrema covardia, pois fui atacado pelas costas quando não estava aqui para me defender. Mas podem ficar certos de que eu não ficarei olhando a banda passar.

Sou político sério, respeito o povo de São Luís e do povo desta cidade - que faz minha defesa maior - tenho o respeito. Não pensem meus detratores que essas denúncias vazias vão me acuar ou me intimidar', disse Castelo. 

Na entrevista ele explica por que não conseguiu pagar a folha do funcionalismo do mês de dezembro, fala dos problemas crônicos na saúde que não se resolvem da noite para o dia, discorre sobre a crise no Samu e comenta a queda de receita no Brasil, que tem penalizado drasticamente os municípios.

Confira a íntegra da entrevista.

O senhor recebeu muitas críticas por não pagar a folha do funcionalismo referente ao mês de dezembro. Por que os servidores ficaram sem receber o último salário do ano?

João Castelo – Durante os quatro anos do meu mandato de prefeito de São Luís paguei rigorosamente em dia a folha de pessoal, como poucos gestores o fizeram. Das 52 folhas do meu período, paguei 51, todas dentro do mês do exercício funcional. No último ano de mandato enfrentei problemas sérios de queda na receita da prefeitura, mas nem por isso sacrifiquei o funcionalismo. Entre o final de novembro e o dia 20 de dezembro de 2012, mesmo diante de tantas dificuldades de caixa, paguei duas folhas que juntas somavam mais de R$ 120 milhões. Por lei, a prefeitura poderia pagar o mês de dezembro até o quinto dia útil de janeiro. E, apesar de todo o esforço da nossa equipe de governo, não havia recursos suficientes em caixa.

Os servidores não receberam o mês de dezembro. Se não havia recursos, por que algumas empresas foram pagas ao final de 2012?

Durante toda a minha vida de homem público, ocupando cargos administrativos ou exercendo mandatos no Legislativo e no Executivo, sempre respeitei e valorizei o servidor público. É uma bandeira da minha trajetória política e os exemplos estão aí para serem vistos, como o grande hospital do servidor público que construí quando fui governador do Maranhão, o clube do Ipem e agora mais recentemente um moderno centro de atendimento ao servidor municipal na Praia Grande. Consegui transformar o IPAM (Instituto de Previdência e Assistência do Município) da Prefeitura de São Luís num dos mais modernos institutos de previdência do Brasil, superavitário e com a certificação ISO 9001. Então, tenho a consciência tranquila de ter feito o que pude pelo funcionalismo. Acontece que a prefeitura tinha compromissos também com empresas prestadoras de serviços que faziam a máquina municipal andar, que tocavam obras. Os recursos disponíveis eram insuficientes para pagar a folha de R$ 64 milhões em dezembro. Havia uma estimativa inicial de receita para dezembro, mas infelizmente ela foi muito aquém do esperado. Somente agora em janeiro de 2013 se confirmou uma receita de R$ 42 milhões de ISS.

Reportagem veiculada no Jornal Hoje, da TV Globo, mostrou material didático, fardamento, equipamentos e até ônibus escolar amontoados e abandonados pela prefeitura. O que houve na Secretaria de Educação?

A imprensa, quando quer e torce, cria a versão que acha mais conveniente para os fatos. Infelizmente eu não pude estar aqui para me defender. Estive no Rio de Janeiro durante quase todo o mês de janeiro fazendo exames médicos, ao lado da minha família, e fui surpreendido com essa farsa montada pelos meus adversários que, aos olhos do cidadão incauto, pareceu um crime de lesa educação. A imagem mais forte mostrava um amontoado de carteiras, exibidas como um descaso da prefeitura. Só não disseram que eram carteiras antigas, inservíveis, substituídas nos últimos meses quando efetuamos a reforma em todas as nossas escolas, que também foram beneficiadas com ventiladores, bebedouros, refeitórios e outros equipamentos novos. Maldosamente não disseram também que os uniformes escolares só poderiam ser entregues quando do início do primeiro semestre letivo de 2013. Logo eu, o prefeito que criou o programa do leite e do fardamento gratuito, iria deixar criminosamente blusas, calças, mochilas e sapatos estragarem em depósito? Isso não faz o menor sentido. O que eles escondem da opinião pública é que esse fardamento não poderia ser entregue em período vedado pela Justiça Eleitoral. Os ônibus exibidos na reportagem foram doados pelo MEC no Programa Caminho da Escola e emplacados ainda no primeiro semestre do ano passado. Eles estão em perfeito estado de funcionamento e para continuarem rodando na atual gestão é só abastecer e contratar o motorista. Além disso, em longo processo de financiamento junto ao Banco do Brasil, conseguimos aprovar o limite de crédito para a aquisição de 15 ônibus novos, mas, infelizmente, não pudemos assinar o contrato por causa do período de vedação eleitoral. Agora, o atual prefeito só precisa da caneta para herdar mais esse benefício para os nossos jovens estudantes.

O que o senhor tem a dizer sobre investigação e auditorias no caso do suposto uso indevido de recursos para compra de combustível de ambulâncias do SAMU?

É preciso deixar claro que essa auditoria não é de agora. O que estão fazendo no momento é requentando os fatos. A prefeitura recebia mensalmente cerca de R$ 250 mil do Ministério da Saúde para a manutenção de todo o serviço do SAMU, e não somente para compra de combustível, como andaram alardeando. As investigações e auditorias ainda estão em curso. Vamos aguardar a conclusão dos relatórios. Se houve algum tipo de problema que eu não tenha tomado conhecimento, é preciso que sejam apuradas as responsabilidades com o rigor da lei.

O que dizer então das ambulâncias do SAMU sucateadas e paradas durante a sua gestão?

Isso foi um problema isolado já no final do meu mandato, que enfrentou toda sorte de aleivosias patrocinadas pela equipe da SAMU em meio ao período eleitoral de 2012, inclusive greve e sabotagem dos serviços. Mas o problema é mais complexo. Desde o início da gestão identifiquei problemas sérios de gerenciamento de rubricas e recursos na área da saúde, que engessavam e enfraqueciam a máquina municipal. As dificuldades se cruzam no caminho e quem paga por isso é o usuário do sistema de saúde. E por isso mesmo decidimos mudar de forma planejada e eficiente. Então, contratamos a renomada Fundação Getúlio Vargas para fazer uma consultoria ampla, capaz de nos apresentar um novo modelo de gestão da saúde no município de São Luís. Foi sem dúvida uma decisão acertada. A conclusão do trabalho, intitulada 'Projeto de Reestruturação da Rede de Atenção à Saúde em São Luís', foi apresentada recentemente pelo médico Leonardo Justin Carap e recebida com bons olhos por todos aqueles que tratam o tema com bons olhos. O atual prefeito recebeu no colo esse excelente trabalho que contratei. Cabe a ele agora agir com responsabilidade e dar prosseguimento ao trabalho. A sociedade irá cobrá-lo.

A atual gestão municipal assumiu a prefeitura criticando muito o estado em que se encontram os hospitais Socorrão I e Socorrão II. Com salários atrasados de médicos e servidores, sem higiene, sem medicamentos e sem alimentação, como esses hospitais sobrevivem?

O problema da saúde pública é nacional. Não há uma situação isolada em São Luís, o problema não é de agora. Ocorre que tentaram imputar todas os males do mundo ao João Castelo. Meus adversários políticos aproveitaram o momento da minha saída para me crucificar. Mas já encontrei os hospitais enfrentando enormes dificuldades. O Tadeu Palácio também já os encontrou assim, Jackson Lago da mesma forma. Claro que cada um dos prefeitos fez o que pôde. Só que ninguém tem a solução pronta, milagrosa, e o atual prefeito logo logo vai cair na real. Os recursos para a saúde hoje no Brasil são insuficientes. As despesas são infinitamente superiores ao que é repassado pelo Ministério da Saúde. Só para se ter uma ideia, o Socorrão I recebe mensalmente cerca de R$ 1,5 milhão do Ministério da Saúde para uma despesa que gira em torno de R$ 8 milhões. É fácil criticar. Difícil é gerir a saúde! Por lei, a prefeitura é obrigada a investir 15% do orçamento próprio em saúde. Nos últimos quatro anos investimos em média 25% do orçamento, chegando às vezes a 30%. Parece irrisório, mas por enquanto, com o atual modelo de gestão, a saúde é uma conta que não fecha no Brasil.

É verdade que o senhor deixou uma dívida de R$ 11 milhões com a Santa Casa de Misericórdia?

A Santa Casa recebeu em quatro anos de meu mandato mais de R$ 80 milhões. A cada mês era repassado R$ 1,5 milhão do SUS pela prefeitura. Depois, o Ministério da Saúde considerou a Santa Casa como entidade filantrópica e, por meio de um termo de ajustamento mediado pelo Ministério Público, a esse valor foi acrescentado em média R$ 50 mil ao mês. A dívida é referente ao período retroativo definido pelo termo de ajustamento. Chegamos a pagar quatro parcelas de R$ 281 mil, mas foram suspensas em 2012 porque o hospital não apresentou as certidões negativas exigidas pelo Ministério da Saúde. Veja como os recursos que ficam sob a gestão da prefeitura são limitados: dos R$ 18 milhões repassados pelo Ministério da Saúde via SUS, destinados a serviços de urgência e emergência em São Luís, R$ 5 milhões vão para o Hospital Universitário Presidente Dutra; R$ 1,5 milhão para o Socorrão I; R$ 1,5 para folha e gratificação dos trabalhadores da área de saúde; e R$ 10 milhões para convênios de prestadores de serviço, como Santa Casa, APAE, Fundação Antônio Jorge Dino etc.

Há uma decisão judicial pela quebra do seu sigilo bancário e a indisponibilidade dos seus bens por suposta irregularidade na contratação de obra da empresa Pavetec para a prefeitura. O que o senhor tem a dizer sobre isso?

Esse é um processo que se arrasta desde 2009, não se trata de algo novo. É uma ação que deriva da discussão quanto ao estado de emergência decretado naquele ano, quando São Luís foi acometida pelo período chuvoso mais rigoroso dos últimos 40 anos, um verdadeiro dilúvio que também causou grandes estragos no interior do estado. Tanto que os municípios de São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa também decretaram estado de emergência. Em virtude disso, a Prefeitura fez contratações dentro dos procedimentos legais, de forma transparente para recuperar a cidade, que estava totalmente destruída. Contratações essas que passaram a ser motivo de questionamento pelo Ministério Público, que é sabedor que naquela época se vivia um momento tão caótico, que motivou inclusive a vinda do presidente Lula ao Maranhão. Quanto à decisão inicial da Justiça, não vou entrar no mérito agora.

O senhor e os ex-secretários Domingos Brito (Urbanismo) e Maria do Amparo (Planejamento) respondem a uma ação civil por supostas irregularidades cometidas pela comissão que atualizou a Planta Genérica de Valores Imobiliários de São Luís, responsável pelo aumento do IPTU em 2010. Quais foram essas irregularidades?

O MP tem o poder de mover ações cíveis e cabe aos demandados exercitar seus direitos de defesa. No caso do IPTU, foi dada publicidade ao processo, sendo discutidos com a sociedade civil todos os meandros da Planta Genérica de Valores, tanto que na Lei aprovada na Câmara de Vereadores foram beneficiadas mais de 100 mil famílias com a isenção do imposto, fato que demonstra a relevância do estudo que foi feito e o seu amplo alcance social. Infelizmente, a interpretação do MP foi equivocada, estando a ação no crivo do Judiciário, a quem caberá a decisão final.

O prefeito Edivaldo Holanda Júnior assumiu a prefeitura afirmando que o senhor deixou um rombo de R$ 800 milhões de restos a pagar, e que teria 'herdado' de Tadeu Palácio apenas R$ 60 milhões de restos a pagar. Isso é verdade?

Isso é uma grande inverdade. O atual prefeito ainda está movido pela euforia natural do início de mandato e acha que pode dizer o que quer. O que ele não pode é esconder a verdade. A opinião pública precisa saber, por exemplo, que em 2009, quando assumi a prefeitura, herdei dívidas de R$ 380 milhões da previdência – sendo R$ 140 milhões da Coliseu e R$ 240 milhões da prefeitura, além de R$ 350 milhões de restos a pagar e outros R$ 300 milhões de despesas de exercícios anteriores, o que significa um montante próximo de R$ 1 bilhão. Nem por isso cruzei os braços e deixei de trabalhar para ficar apenas jogando a culpa de tudo no meu antecessor, apesar de ele ter sido meu adversário naquela eleição. Pelo contrário, arregacei as mangas desde o primeiro dia da minha gestão, enfrentando de cara o período chuvoso mais rigoroso dos últimos 40 anos. Isso o atual prefeito não sabe porque, embora vereador à época, vivia alheio aos problemas do município. No meu último ano de mandato o que se percebeu claramente foi um furo de receita estimada, ou receita orçada, que era de R$ 2,6 bilhões. O que se confirmou na prática foi uma arrecadação real, no ano, de R$ 1,8 bilhão, deixando um furo de receita na ordem de R$ 700 milhões para o município. Isso o atual prefeito, ou por falta de conhecimento ou má-fé, não revela. Portanto, havia uma previsão de receita que, se configurada, não deixaria um centavo sequer de restos a pagar para o meu sucessor.

E o que levou a uma queda tão significativa de receita?

É preciso que se compreenda que todas as despesas que fizemos foram efetuadas com base na estimativa de arrecadação. A queda de receita no Brasil foi um efeito em cadeia e penalizou gravemente estados e municípios, especialmente os municípios que ainda foram prejudicados pela queda no repasse de ICMS. O problema não foi de gestão, mas de conjuntura econômica. E só para concluir esse assunto sobre os restos a pagar no meu mandato: os débitos deixados por mim são referentes a investimentos feitos em todas as áreas, e não a custeio. As contas dizem respeito aos grandes programas que implementei, como o leite, o fardamento e o Bom Peixe, e às várias obras que a cidade recebeu, como pavimentação asfáltica de mais de 800 ruas de bairros até então esquecidos pelo poder público, como a Cidade Olímpica e o São Raimundo, bem como 56 km de asfaltamento só na zona rural; revitalização asfáltica de 23 grandes avenidas; construção e reconstrução de grandes avenidas, reformas de feiras etc. tudo isso, diga-se de passagem, com recursos próprios. São Luís nunca viu tanta obra como no meu governo. Vale lembrar aqui que, enquanto ficam só atirando pedras, eles não têm a honradez de informar à população que minha administração deixou mais de R$ 1,6 bilhão de recursos captados junto ao governo da presidenta Dilma, apenas no ponto dos projetos serem executados. Um dinheiro e tanto para mudar radicalmente a realidade da nossa cidade.

Qual a dívida deixada pelo senhor com relação às empresas responsáveis pela coleta de lixo em São Luís? Seus adversários falam em R$ 70 milhões.

A limpeza pública passou por um processo muito forte de reorganização no meu governo, até para atender o que exige a Lei dos Resíduos Sólidos. Rescindimos o contrato e saldamos a dívida com a empresa que até então prestava serviço de limpeza ao Município. Em caráter emergencial, contratamos nova empresa que desenvolveu um eficiente trabalho de limpeza em todos os pontos da capital, incluindo a Zona Rural. Cumprimos o compromisso de pagamento dessa empresa parceira até quando as finanças permitiram. A drástica redução das verbas de transferências, em particular do Fundo de Participação dos Municípios, impossibilitou a continuação do pagamento em dia. Garanto que essa dívida não chega a R$ 70 milhões como alardeiam meus adversários. A dívida gira em torno de R$ 50 milhões.

A que o senhor atribui essa série de denúncias contra a sua administração?

Eu só posso entender que isso ainda seja resquício de eleição ou perseguição desesperada, implacável, ao político João Castelo. Considero isso tudo uma extrema covardia, pois fui atacado pelas costas quando não estava aqui para me defender. Mas podem ficar certos de que eu não ficarei olhando a banda passar. Sou político sério, respeito o povo de São Luís e do povo desta cidade – que faz minha defesa maior – tenho o respeito. Sei a hora certa de tomar decisões. Não pensem meus detratores que essas denúncias vazias, extemporâneas - porque não as fizeram ao longo de quatro anos - vão me acuar ou me intimidar. Ainda tenho muita coisa pra contar do que vi e vivi na política. Vou concluir alguns exames do check-up a que me submeti e logo depois mergulharei na escrita das minhas memórias. Paralelo a isso, vou seguir firme com o PSDB, ao lado dos meus correligionários, na defesa de um Maranhão melhor, de uma São Luís real e não uma cidade de teoria como querem alguns.

Justiça penhora R$ 400 mil da Caema para garantir abastecimento


A 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Maranhão manteve penhora eletrônica de R$ 400 mil contra a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), que desde 2006 descumpre determinação da Justiça para regularizar o fornecimento de água potável em Sucupira do Norte.

A determinação é para que seja providenciada a perfuração de poços artesianos, visando regularizar o fornecimento de água do município, conforme ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Estadual.

A decisão da 3ª Câmara Cível do TJMA mantém, parcialmente, a condenação de juízo de 1º Grau que, além da penhora, fixou também multa diária de R$ 25 mil por descumprimento da tutela antecipada, que determinou a perfuração de dois poços de 250m de profundidade, além de estação de tratamento de água, a reposição, substituição, reforma ou instalação das estruturas necessárias para o abastecimento adequado à população. A multa pelo descumprimento da determinação gira hoje em torno R$ 32 milhões.

O relator do processo, desembargador Stélio Muniz, ressaltou a insustentabilidade da multa processual. “É público e notório que a Caema é uma empresa deficitária, com dificuldades de investimentos e captação de recursos, tendo rede estrutural e de serviços deficiente, notadamente pelos constantes rompimentos no sistema Italuís, cuja manutenção e ampliação tem sido alvo de várias notícias na imprensa, nos últimos tempos”, disse.

O magistrado observou o fato de o bloqueio das verbas ser teoricamente suficiente para a regularização dos serviços de água, já sinalizando a realização do resultado prático pretendido na ação civil pública. Os desembargadores, Vicente de Paula e Lourival Serejo acompanharam o relator.

Cinco casas noturnas foram interditadas


Cinco casas noturnas foram interditadas, entre as quais a Choperia Marcelo, localizada na Forquilha, durante vistoria realizada na noite de sábado e madrugada de domingo por equipes do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBM). A ação teve o apoio da Polícia Militar e da Promotoria de Defesa do Consumidor.

Segundo o coronel Wibirajá Figueiredo, que comandou a ação de vistoria, além da Choperia Marcelo, foram interditados o Sobradão da Guia (Vila Nova), Cenas da Ilha (Lagoa), Zé do Forró (Vila Luizão) e Bar da Brígida (Vila Embratel).

Ele informou que nesses estabelecimentos foram encontradas diversas irregularidades, tais como falta de extintores de incêndio, sinalização de emergência inexistente, saídas de emergência em desacordo com as exigências, falta de brigadistas e certificados emitidos pelo Corpo de Bombeiros vencidos.

Com informações do jornal O Estado do Maranhão

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Vaga aberta para Max Barros

Deputado Max Barros
O diretor geral da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, Bráulio Martins, explicou que o secretário de Saúde do Estado e deputado estadual licenciado, Ricardo Murad (PMDB), pode legalmente desistir de assumir o cargo de 1º vice-presidente da nova Mesa Diretora, como fez através de documento encaminhado ao presidente da Assembleia Legislativa, Arnaldo Melo (PMDB).

No documento, Ricardo Murad diz que, como a governadora Roseana Sarney (PMDB) o convidou a permanecer à frente da secretaria, estava desistindo de assumir o cargo. É que havia especulação de que antes Murad teria que assumir na nova Mesa, para depois renunciar.

O artigo 10 do Regimento Interno diz o seguinte: “Será declarado vago cargo da Mesa Diretora, por morte, renúncia ou afastamento do titular para o exercício de cargo ou função em outro Poder, sendo ele preenchido mediante eleição dentro de cinco sessões”, após o cargo ser declarado vago.

Bráulio Martins explicou também que a renúncia é uma questão unilateral, portanto, Ricardo Murad podia, por vontade pessoal, não assumir o cargo.

Com a decisão tomada pelo secretário Ricardo Murad, a vaga fica aberta para a possibilidade do deputado estadual Max Barros entrar na disputa pelo cargo da Mesa.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Osmar Filho nega estar pensando em candidatura a deputado

Secretário Osmar Filho
O secretário municipal de Assuntos Pólíticos, Osmar Filho, disse que ainda não está pensando em ser candidato a deputado estadual, em 2014.

Segundo ele, apesar de alguns jornais e blogs terem feitos comentários sobre essa possibilidade, da sua parte a intenção nesse momento é ajudar o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Jr (PTC), a fazer uma boa administração.

"Não estou pensando nessa questão de sair candidato a deputado na próxima eleição. Quero apenas, nesse momento, dar minha singela contribuição ao município, para que o prefeito Edivaldo Holanda Jr possa fazer uma boa gestão", declarou.

Osmar Filho garante que até 2014 muita coisa há de acontecer na política da capital maranhense e que, portanto, não dá para antecipar as coisas.

Arnaldo Melo conclama deputados a manter unidadeP

Presidente Arnaldo Melo prega a união de todos
Presidente reconduzido para o biênio 2013-2015 na Assembleia Legislativa, o deputado Arnaldo Melo (PMDB) destacou o excelente relacionamento com todos os componentes da Mesa Diretora da 17ª legislatura e pediu aos novos membros que mantenham esta unidade nos próximos anos. 

“Quem vai ganhar com essa união é o próprio Parlamento e o povo do Maranhão”, afirmou.

As palavras do presidente foram ditas na parte final do ato solene que marcou a posse da nova Mesa, acontecida nesta sexta-feira (1º), no Salão Nobre Deputado Genésio Rego. Em um discurso livre de pouco mais de dez minutos, o presidente agradeceu essa relação harmônica e nominalmente convocou os novos membros para reiterar esta relação.

“Não tenho dúvidas de que teremos uma composição muito semelhante nesta legislatura que agora se inicia, no sentido da união em torno dos objetivos do que seja melhor para o Maranhão. Nosso compromisso está reiterado não só junto ao mais humilde dos servidores, aos deputados, como também com toda sociedade maranhense”, acrescentou.

Outro ponto destacado pelo presidente também foi direcionado à nova Mesa Diretora. Arnaldo Melo lançou o desafio para que o trabalho de todos na Casa possa cada vez mais atender aos anseios da sociedade.

“Nossa meta será trabalhar para que possamos cada vez mais diminuir o tempo de resposta às necessidades do cidadão maranhense. Seja com as atividades em plenário, nas comissões, ou mesmo fora da Assembleia. Nós somos o poder que representa o povo e, como tal, precisamos investir para que cada vez mais a sociedade acredite e confie em nosso trabalho”, finalizou.

Da Agência Assembleia

MP alerta sobre falta de segurança no Cintra

Fachada do prédio do Cintra

As irregularidades sanitárias e de segurança no Centro de Ensino Integrado Rio Anil (Cintra), em São Luís, foram apresentadas na última quinta-feira, 31, em reunião realizada na sede das Promotorias de Justiça da Capital, ao secretário de Estado da Educação, Pedro Fernandes. Os relatórios foram produzidos pelo Corpo de Bombeiros Militar, por meio do Grupamento de Atividades Técnicas (GAT) e da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, além da Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Sanitária de São Luís.

As inspeções foram realizadas, em novembro de 2012, por solicitação do Ministério Público. De acordo com o GAT, os hidrantes não atendem às adequações técnicas para funcionamento em caso de incêndio. Outro problema grave é a inexistência de saída de emergência e sinalização de segurança para rota de fuga e acesso aos equipamentos de combate a incêndio.

"Em caso de emergência, os alunos e professores correm um risco muito alto. A segurança é negligenciada e todas as autoridades, além dos pais e dos próprios alunos, devem estar cientes disso", alertou o promotor de justiça Paulo Silvestre Avelar Silva. Nas vistorias, diversos alunos reclamaram do calor excessivo nas salas e da falta de ventilação. "Com um ambiente insalubre, a aprendizagem será sempre prejudicada".

Na reunião, o Ministério Público cobrou um posicionamento da Secretaria de Estado de Educação em relação às ilegalidades constatadas. Na avaliação de Pedro Fernandes, a Secretaria de Educação não pode interferir porque a escola é administrada pela Fundação Nice Lobão.

A informação foi contestada pelo representante do MPMA, que confirmou a responsabilidade da secretaria em relação à escola. "O Cintra recebe recursos públicos para sua manutenção e tem em seus quadros mais de 500 professores pagos pelos cofres estaduais e aproximadamente 7.800 alunos sob a responsabilidade da rede estadual de ensino. Portanto, a Secretaria de Estado da Educação é parte responsável e deve garantir, sim, a integridade física dos estudantes", afirmou Avelar.

IRREGULARIDADES

No Cintra, a Central de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) não possui grades de proteção, extintores e sinalização de segurança. Na quadra de esportes, também falta proteção nas laterais. A cobertura da escola está comprometida, com telhas quebradas e madeiras desgastadas pela ação do tempo e cupins. A recomendação do GAT, no relatório, é que as telhas sejam substituídas "em caráter de urgência".

A avaliação da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil é semelhante. Além de apontar o risco no telhado, que expõe alunos e professores a um acidente iminente, é preciso substituir a estrutura metálica e de madeira. As instalações elétricas também precisam ser revisadas, o objetivo é restabelecer o equilíbrio energético do prédio.

As salas de aula, segundo a Vigilância Sanitária, estão bastante danificadas pela ação do tempo e falta de manutenção. As janelas de vidro estão quebradas e há instalações elétricas expostas, favorecendo acidentes nas salas. Os banheiros apresentam "estado elevado de degradação", com ausência de tampas nos sanitários, falta de torneiras nos lavatórios e condições sanitárias insalubres. Os bebedouros também estão danificados.

Foi realizada nesta sexta-feira, 1º de fevereiro, uma nova inspeção. Após a entrega dos relatórios, a Promotoria de Justiça de Defesa da Educação vai se reunir, novamente, com a Secretaria de Estado da Educação para propor um cronograma de reformas. Caso a medida não seja atendida, o Ministério Público vai acionar judicialmente o Estado do Maranhão para garantir a segurança dos alunos. O reinício das aulas marcado para 6 de fevereiro foi suspenso.

Participaram da reunião representantes da Fundação Nice Lobão, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Maranhão (CREA-MA), Corpo de Bombeiros Militar e Conselho Estadual de Educação.

Com informações do MPE

Suspenso efeitos do Habeas Corpus que interrompeu depoimentos do caso Décio Sá

Atendendo pedido do Ministério Público Estadual, o desembargador Lourival Serejo decidiu nesta sexta-feira (1º), em mandado de segurança, suspender os efeitos do habeas corpus que interrompeu os depoimentos de testemunhas arroladas no processo que apura a morte do jornalista Décio Sá.

Os depoimentos foram suspensos após decisão liminar proferida no dia 28 de janeiro pelo desembargador Raimundo Nonato Sousa, que acatou HC interposto pela defesa do advogado Ronaldo Henrique Santos Ribeiro, um dos denunciados pelo MP. A defesa alegou que não teria tido acesso a conteúdos importantes dos autos, a exemplo das escutas telefônicas.

Em sua decisão, Serejo destaca que conforme documentação anexada aos autos, Ribeiro teve sim acesso à medida cautelar de quebra de sigilo telefônico. 

Consta na documentação que o advogado Aldenor Cunha Rebouças Júnior compareceu a Secretaria Judicial no dia 23 de janeiro e, após ser informado que os presentes autos estavam com vista ao Ministério Público, negou-se a receber as cópias das mídias anexadas ao processo, levando, porém, consigo cópia digitalizada dos autos fornecida pela secretária, além de uma cópia impressa do despacho.

“Em que pese o entendimento da autoridade coatora, a referida certidão refuta qualquer alegação de cerceamento de defesa por impedimento de livre acesso às provas, quando ao defensor do réu foi fornecida cópia do processo pela Secretaria Judicial antes da audiência de instrução. Quanto às mídias, fica claro que foi o próprio defensor quem recusou o recebimento das cópias”, ressalta o desembargador.

Serejo destaca ainda o fato de a decisão recorrida não apresentar fundamentação suficiente para embasar a suspensão da instrução processual na ação penal.

“Acresce a tudo isso, a repercussão que o assassinato do jornalista Décio Sá causou, não só na sociedade local, mas em todo o Brasil, o que faz recair sobre a Justiça uma expectativa de atuação mais célere e rigorosa que não pode se deter em qualquer tipo de procrastinação”, assinala.

Com informações do TJ

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